São Paulo – Em assembleias realizadas na segunda-feira, 27, na Mercedes-Benz. em São Bernardo do Campo, SP, foi aprovado pelos cerca de 8 mil trabalhadores, sendo 6 mil no chão de fábrica, acordo coletivo com reajuste salarial de 5,3%, sendo 3,2% de reposição do INPC e 2% de aumento real. As informações são do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Segundo o presidente da entidade, Moisés Selerges, a oferta inicial da empresa foi de reposição da inflação sem ganho real. No entanto, na mesa de negociação. houve acordo sem que fosse necessária mobilização. As cláusulas sociais foram renovadas.
“Embora o reajuste seja significativo não estamos ainda com sentimento pleno porque acreditamos que é possível ainda negociar outras questões como o investimento na fábrica e discutirmos mais sobre o seu futuro”, assinalou Selerges. “Queremos mais e não podemos nos acomodar.”
O sindicalista classificou como “extremamente positivo” o aumento de 20% concedido pela montadora para o vale-alimentação vitalício, negociado em 2020, no auge da pandemia, em troca da ausência de reajuste salarial naquele período. A correção do benefício geralmente é superior, em termos porcentuais, pois ele se tornou espécie de ferramenta de avanço nas negociações a fim de compensar eventuais incrementos pleiteados mas não sacramentados.
Na campanha salarial de 2023, para efeito de comparação, foi concedido reajuste de 39%, ainda que de forma fragmentada, tendo sido 18% em junho e 21% em novembro, a fim de compensar a ausência de aumento real, tendo havido a reposição do INPC de 3,83% sobre os salários.
Procurada a Mercedes-Benz disse que não comentará o assunto.