São Paulo – Passados pouco mais de dois meses a ABVE e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo voltaram a se reunir, na quarta-feira, 26, para retomar a discussão sobre a segurança dos veículos elétricos e a prevenção de incêndios nas operações de recarga de veículos elétricos em garagens de edifícios residenciais e comerciais. E a ABVE apresentou uma primeira proposta para que seja ateado fogo em baterias e/ou em veículos elétricos, com sugestões de data, local e características do teste, cujos pormenores ainda serão avaliados.
Em abril a entidade mencionara a intenção de realizar um teste simulado inédito de combate a incêndio com carro de engenharia com o objetivo de avaliar a segurança. De acordo com o tenente-coronel Max Schroeder, chefe do departamento de segurança e prevenção contra incêndios do Corpo de Bombeiros, “trata-se de um primeiro passo importante: cumprimento a ABVE pela seriedade com que tem conduzido este tema delicado”.
Esses testes, afirmou, balizarão as futuras regras de segurança dos bombeiros de São Paulo e poderão ser referência para uma norma nacional sobre o tema: “Temos de pensar em regras possíveis de serem cumpridas mas que sejam também funcionais. A prioridade dos bombeiros será sempre a proteção à vida”.
O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, destacou o canal de diálogo aberto e disse ter ficado claro qual é objetivo comum: “Contribuir para que os bombeiros paulistas e de todo o Brasil apresentem regulamentações modernas e sintonizadas com a melhor experiência internacional para reduzir ainda mais o risco de incêndio em veículos elétricos”.
No início de abril o Corpo de Bombeiros divulgou consulta pública e proposta de medidas para prevenir acidentes que, inicialmente, teria prazo de trinta dias, mas que foi estendido por mais noventa, até 5 de agosto. A ABVE apresentou uma primeira proposta para atender à consulta pública e comprometeu-se a apresentar um segundo documento até agosto, a fim de aperfeiçoar a primeira versão e acrescentar as experiências dos testes e os resultados do intercâmbio com bombeiros de outros países.
Em paralelo a entidade montou grupos de trabalho e abriu conversações com entidades também interessadas no tema, como Abravei, Anfavea, Fenabrave e Inmetro, e associações do setor imobiliário e de construção civil, como Secovi, Sinduscon e Abrasce.