Osasco, SP – Muita coisa mudou na operação brasileira da CBDS, Cummins Drivetrain and Braking Systems, novo nome adotado pela Cummins Meritor. A começar pelos planos de erigir nova fábrica em Roseira, SP, anunciado em 2020, com investimento de R$ 200 milhões, dois anos antes da aquisição da Meritor pela Cummins. Segundo Kleber Assanti, gerente geral e diretor de vendas e marketing, em vez de erguer a nova unidade foram aportados R$ 55 milhões em Osasco, onde um galpão localizado ao lado da fábrica foi adquirido para expandir a produção.
Foi a solução encontrada para acelerar o planejamento: com a construção de uma nova fábrica suspensa durante a pandemia de covid-19, seria mais viável e rápido investir em Osasco do que esperar o tempo da construção da fábrica, ainda mais porque, ao fim da pandemia, o mercado registrou crescimento em V.
“Nós tínhamos um contrato de preferência de compra do terreno onde a fábrica de Roseira seria construída. Mas, por causa da forte retomada do mercado, não efetuamos a compra e optamos pelo investimento em Osasco. No futuro, se o mercado crescer muito, podemos olhar para uma nova fábrica em outra cidade, mas por enquanto não será necessário.”
A CBDS atende a quase todas as fabricantes de caminhões e ônibus instaladas no País. Segundo Assanti a expectativa é de alta nos negócios em 2024 e 2025: “Com grande participação nas principais montadoras, como a Volvo, para a qual fornecemos todos os eixos traseiros, queremos acompanhar o ritmo de crescimento do mercado de veículos comerciais. Para esse ano projetamos uma alta em torno de 20% nos negócios e, no ano que vem, esperamos crescer mais 6%”.
Caso as projeções se confirmem a CDBS deverá encerrar 2024 com 61% de participação na comercialização de eixos traseiros no mercado brasileiro, contra 60% no ano passado. Para 2025 a projeção é chegar a 62%. Segundo Assanti apenas Scania não compra seus eixos traseiros pois têm produção própria e a Mercedes-Benz compra um volume pequeno porque também produz a maior parte dos seus eixos.
A divisão de aftermarket deverá crescer 14% em 2024 na comparação com 2023, afirmou Leandro Carvalho, responsável pela operação no Brasil e América Latina. Para 2025 a projeção é expansão de 5%, puxada pelo avanço da empresa no mercado e lançamentos:
“Será um avanço relevante porque nos últimos quatro anos a nossa operação dobrou de tamanho. Atualmente temos mais de 3 mil itens em nosso portfólio para o segmento de reposição”.