São Paulo – Toyota e Renault apostam em um futuro plural, com diversas tecnologias que têm como objetivo o mesmo propósito: a descarbonização da mobilidade. Na visão das duas empresas no mercado brasileiro a tecnologia que deverá ganhar força nos próximos anos é a híbrida flex. Foi o que disseram Roberto Braun, diretor de comunicação corporativa e ESG da Toyota, e Carlos Henrique Ferreira, diretor de comunicação da Renault, no Seminário Brasil Elétrico 2024, realizado pela AutoData Editora.
Braun reforçou ser a grande aposta da Toyota para o Brasil: “Cada mercado deverá adotar um tipo de solução, mas no caso do Brasil a nossa principal aposta é o motor híbrido flex, tecnologia na qual somos pioneiros com o lançamento do Corolla em 2019 e, depois, do Corolla Cross em 2021”.
Caíque Ferreira disse que os últimos anos mostraram a necessidade de diversificar as soluções e apostar em diversas frentes, sem esperar o futuro chegar para ver qual será a demanda por cada tipo de tecnologia: “Hoje já temos veículos elétricos no Brasil, mas acreditamos que o híbrido e o híbrido flex serão duas tecnologias que dominarão o mercado nos próximos anos. Elas também estão no nosso radar de desenvolvimento”.
Para guiar seus passos futuros a Renault criou duas empresas, a Ampere, que possui três fábricas no Norte da França, as Electric City, focadas no desenvolvimento e produção de motores elétricos, baterias e softwares para veículos elétricos. A outra é a Horse, na qual a Renault mantém participação de 45%, que focará no desenvolvimento de soluções híbridas e em motores flex mais eficientes.
A Toyota está em um ciclo de investimento de R$ 11 bilhões no Brasil até 2030 e parte deste valor será usado para o desenvolvimento de dois novos modelos híbrido flex, um compacto que deverá ter preço mais acessível, com lançamento previsto para 2025, e um segundo modelo que ainda não teve os pormenores revelados:
“Também faz parte deste ciclo de investimentos a montagem do sistema híbrido do veículo a partir de 2025, que atualmente é importado do Japão, assim como as baterias, que são importadas mas terão sua montagem realizada no Brasil a partir de 2026”.
Renault e Toyota também seguirão apostando em motores flex a combustão cada vez mais eficientes, pois eles ainda terão vida longa no Brasil e na América Latina, sem data para saírem de linha. Esses motores, quando abastecidos com etanol, têm uma baixa pegada de carbono, considerando o ciclo da cana-de-açúcar do berço ao túmulo e ajudam a reduzir as emissões de CO2 e devem contribuir para o processo de descarbonização da mobilidade nacional.