Com alta de 6%, para 171,2 mil unidades, emplacamentos crescem pelo terceiro ano consecutivo
São Paulo – O volume de veículos 0 KM comercializado em janeiro, 171,2 mil unidades, representou o melhor resultado para o mês desde 2021, 171,1 mil unidades. Foi o terceiro ano consecutivo de crescimento: em janeiro de 2022 foram 126,5 mil e, no mesmo período de 2023, 142,9 mil, alta de 13%. Em 2024 foram 161,6 mil, novo aumento de 13%. E, este ano, o incremento foi de 6%.
Os dados divulgados pela Anfavea, divulgados durante entrevista coletiva à imprensa na segunda-feira, 10, apontam, também, crescimento de 6% para a média diária de vendas, que no mês passado alcançou 7,8 mil veículos contra 7.3 mil em janeiro de 2024.
“Até o momento está em linha com o planejado para 2025″, disse o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite. “Vamos ver se no decorrer do ano o volume nos surpreenderá.”
Um dos pontos de atenção para os próximos meses está concentrado no crédito. Nos últimos dois anos a participação das vendas financiadas veio crescendo: em 2023 o pagamento a prazo representou 30% do total e em 2024 subiu para 45%. Mas, diante de Selic em trajetória ascendente, a 13,25% ao ano, os percalços são maiores frente à missão de retomar o índice de 70% de parcelamento na compra do 0 KM, a média histórica: “Temos o grande desafio de fazer o mercado crescer mesmo com juros elevados este ano”.
A participação de veículos eletrificados tem se mantido estável. Em janeiro de 2024 o porcentual foi de 8%, correspondente a 12 mil unidades, e no mês passado chegou a 10%, o equivalente a 16,5 mil veículos. Apesar da pequena variação foi a primeira vez na história que uma a cada dez unidades comercializadas no Brasil foi eletrificada.
Em janeiro foram emplacados 6,5 mil veículos híbridos plug-in, 6,3 mil híbridos e 3,7 mil elétricos. Chama a atenção, porém, o fato de o número de veículos elétricos vendidos ter diminuído na comparação anual, uma vez que no primeiro mês do ano passado 4,4 mil unidades comercializadas eram elétricas.
Tanto as vendas de híbridos quanto de híbridos plug-in aumentaram, pois um ano atrás haviam eram 3,9 mil e 3,8 mil, respectivamente. Tanto que a participação de híbridos passou de 5% para 8% e a de elétricos de 2,9% para 2,3%.
“Ao contrário de China e Europa o Brasil apresentou leve queda na venda de elétricos, o que deve ter grande influência das dificuldades de infraestrutura. Diante do crescimento da participação dos híbridos é possível estimar que os eletrificados ocuparão fatia de 12% a 13% do nosso mercado em 2025.”