São Paulo – A decisão dos Estados Unidos de sobretaxar centenas de países com os quais mantém relação comercial já começa a gerar expectativas por parte daquele que foi mais penalizado por Donald Trump, com alíquotas extras de 145%: a China. É de lá que vem boa parte dos produtos vendidos pela Volda no Brasil, 85% do total. E, diante deste cenário, a companhia enxerga oportunidades de crescer no mercado de reposição brasileiro.
A projeção para este ano, que nos meses iniciais era de ampliar o faturamento em 25% na comparação com o ano passado, foi ampliada para 35%, conforme afirmou o diretor de vendas e marketing da Volda, Ivan Furuya, durante o primeiro dia da décima-sexta edição da Automec, feira dedicada ao mercado de reposição de autopeças, realizada até sábado, 26, no São Paulo Expo.
“Como a China deverá perder mercado nos Estados Unidos pode ser que a situação melhore para nós, uma vez que deveremos obter maior poder de negociação junto aos fornecedores e, com isto, o preço tende a melhorar.”
Furuya ponderou, no entanto, que fatores como a valorização do dólar influenciam esta equação, o que pode fazer um contrapeso: “As questões de frete e câmbio, que oscilaram muito do fim do ano para cá, impactam nossa rentabilidade. Ainda assim em um primeiro momento continuaremos como importadores. Quem sabe em um futuro mais distante consigamos produzir aqui”.
Neste cenário os planos são dobrar a participação no segmento de suspensões no mercado de reposição em três anos, dos atuais 2,5% para 5%: “Considerando que em 2024 ampliamos em 50% o faturamento e, este ano, a projeção é expandir em 35%, também reforçada pelos lançamentos, em três anos dobraremos a nossa receita. E seguimos com o desafio de construir a marca no mercado brasileiro, consolidado com marcas centenárias.”
Por mês o executivo contou que são importados quinze contêineres, sendo que 85% vêm da China e o restante da Turquia e da Tailândia. A Volda possui centro de distribuição em Serra, ES, próximo ao Porto de Vitória, por onde ingressam os produtos.