Brasil respondeu por 77% do faturamento da América Latina e fábricas locais produzirão novos componentes
São Paulo – A Bosch encerrou 2024 com faturamento de R$ 10,8 bilhões na América Latina, crescimento de 12% sobre o valor ajustado do ano passado*. O Brasil representou 77% da receita da região, com R$ 8,4 bilhões, avanço de 6,3% com relação a 2023. Segundo a companhia, em comunicado, 21% das receita nacional foram gerados a partir de exportações para América Latina, América do Norte e Europa.
Para 2025, segundo o presidente e CEO Gastón Diaz Perez, o plano é ampliar a localização da produção. A partir do ano que vem mais uma etapa do processo de montagem do ESP, controle eletrônico de estabilidade, a ECU, unidade de controle eletrônico, passará a ser feita na unidade de Campinas, SP. Desde o ano passado a tecnologia é item obrigatório nos veículos vendidos no País.
O avanço esperado dos sistemas híbridos flex no mercado fizeram com que, a partir deste ano, unidades de controle do motor do sistema flex fuel com maior poder de processamento fossem fabricadas em Campinas, além de componentes para ônibus elétricos.
“Os veículos híbridos desenham uma transição que combina o melhor do elétrico com a autonomia dos motores flex a combustão interna”, disse Perez, no comunidado. “Seja com combustível ou eletricidade a Bosch está moldando ativamente a mobilidade do futuro: com eletrificação, redução de emissões, veículos autônomos, conectividade e software.”
Para o campo está em desenvolvimento a tecnologia Dual Fuel, que permite misturar o diesel com o etanol e que poderá ser aplicada em equipamentos fora de estrada, como colhedoras de cana, locomotivas e caminhões de grande porte, contribuindo com a descarbonização. Desenvolvida por brasileiros pode substituir até 50% do diesel pelo combustível renovável e deverá entrar em testes em 2026, com previsão de chegar ao mercado em 2027.
“Essa tecnologia pode revolucionar a matriz energética brasileira, pois nos permitirá reduzir o uso de diesel em aproximadamente 1,5 bilhão de litros por ano e, em paralelo, ampliar a demanda de etanol em 2,5 bilhões de litros, reforçando a indústria sucroalcooleira nacional.”
* Nota do Editor: o faturamento divulgado pela Bosch na região no ano passado, R$ 9,8 bilhões, incluía uma subsidiária que deixou de ser consolidada no valor ajustado para este ano. Por isso o texto original apresentava crescimento de 10% no faturamento. Após as explicações da empresa o texto foi corrigido.