São Paulo – Diante da transição para a eletrificação, e dos planos de adoção de inteligência artificial para otimizar gastos com desenvolvimento e ter melhores condições de competir com rivais asiáticos, a Forvia anunciou, em comunicado, que nos próximos cinco anos está preparada para reduzir seu efetivo em cerca de 13%. A empresa de autopeças, que desde 2022 uniu a Faurecia com a Hella, empregava na Europa até o fim do ano passado em torno de 75,5 mil profissionais. Significa dizer que 10 mil postos de trabalho estão em risco.
Segundo reportagem da BNN Bloomberg o CEO da Forvia, Patrick Koller, afirmou no comunicado emitido na segunda-feira, 19, que os esforços da companhia incluem mudanças na produção regional, em pessoal e gastos em pesquisa e desenvolvimento para acompanhar as mudanças fundamentais da indústria.
Com as medidas a empresa pretende poupar, anualmente, cerca de € 500 milhões, a partir de 2028. O objetivo é ajudar a aumentar as margens para mais de 7% das vendas. No ano passado os retornos foram de 2,5% e, para o próximo ano, a projeção é faturar até € 28,5 milhões com uma margem operacional de 5,6% a 6,4%.
A Forvia não está sozinha neste caminho, uma vez que recentemente a Continental anunciou planos de demitir 7,2 mil funcionários de sua divisão automotiva e de fazer esforço para reunir unidades produtivas na Alemanha e em outros lugares a fim de economizar custos.