Após definir a atual crise como “dura e pior do que a de 1929”, Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, estimou alta de dois dígitos para o setor automotivo no ano que vem. Já 2017, em sua opinião, deve fechar estável com os números do ano passado.
Durante encontro com a imprensa, na Fenatran, o presidente disse que a recuperação da economia será lenta, mas identificou sinais promissores, como o aumento do tráfego de veículos nas estradas e das vendas de papel corrugado, utilizado em embalagens, insumo que permite monitorar o andamento dos negócios. Chamou atenção para a necessidade, cada vez maior, de competitividade interna e externa, possível por meio de investimentos permanentes na inovação:
“O cliente exige sempre mais ferramentas inteligentes e conectadas”.
Em linha com essa tendência exemplificou com o desenvolvimento, pela empresa, no Brasil, do boné de alerta, que identifica os primeiros sinais de fadiga do motorista ao volante. Com aparência de um boné comum tem recursos inteligentes que ajudam o caminhoneiro a dirigir com mais segurança.
Equipado com sensores que monitoram os movimentos da cabeça emite três tipos de alerta ao detectar sonolência, indicando ao motorista fazer uma parada e descansar antes de seguir viagem. Ainda em fase de protótipo a tecnologia não tem data programada de lançamento.
João Pimentel, diretor de operações, destacou o protótipo Cargo Connect, desenvolvido no Brasil e equipado com sensores, câmaras, radar e outros recursos semiautônomos. Montado sobre um Cargo 2429 8×2 Torqshift, o primeiro da marca com essa configuração de tração, traz sistema autônomo de frenagem, alertas de ponto cego, de permanência em faixa e de fadiga, piloto automático adaptativo e monitoramento de 360 graus do caminhão com câmaras conectadas a uma central de operações.
Para produtividade as tecnologias incluem gerenciamento inteligente de carga, sistema de leitura de placas de trânsito, ajuste automático de torque e potência conforme o peso e condições de rodagem. Tem também sistema de diagnóstico que orienta a manutenção preventiva para evitar paradas não programadas.
O caminhão F-450 Super Duty, produzido nos Estados Unidos, é exemplo da abrangência do Ford Série F, linha de veículos comerciais campeã de vendas na América do Norte e pioneira no Brasil. O veículo é destinado a serviço pesado, com chassi de aço de alta resistência e carroceria de liga de alumínio de nível militar. Com motor V8 turbodiesel de 6.7 litros, que gera mais de 440 cv, tem capacidade de tração de mais de 14,7 mil kg. Na versão chassi-cabine prevê receber implementos como guindaste para manutenção de redes elétricas.
Esta Fenatran tem ainda significado especial para a Ford por coincidir com a comemoração dos 60 anos de produção do seu primeiro veículo com peças nacionais, o caminhão F-600, que está em exposição.
Foto: Divulgação
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