A intervenção federal no Rio de Janeiro e o fim da proposta de votação da reforma da Previdência não paralisaram os trabalhos do grupo que desenvolve o Rota 2030. Ao contrário, segundo Marcos Jorge de Lima, ministro interino do MDIC: “A Presidência sinalizou que até o fim de fevereiro teremos um novo programa automotivo”. O ministro esteve na terça-feira, 20, na fábrica da General Motors em São Caetano do Sul, SP, para o anúncio de investimento de R$ 1,2 bilhão na expansão do complexo, que em pouco mais de um ano terá manufatura 4.0, novos processos e equipamentos nas diversas etapas da produção e aumento da capacidade, de 250 mil unidades/ano para 330 mil/ano, para uma nova geração de veículos.
O texto final do Rota 2030 está com a Casa Civil para ajustes que envolvem a concessão de incentivos e outros pormenores como a formatação jurídica de todas as propostas contidas no programa.
Destaque: a declaração do ministro sobre os incentivos para P&D, Pesquisa e Desenvolvimento, ponto de discórdia do Ministério da Fazenda com o MDIC e os interlocutores do setor automotivo. Segundo o ministro haverá incentivos para P&D:
“O presidente da República definiu que o teto dos incentivos não deve ultrapassar os concedidos no plano anterior. A questão agora é como será a forma de concessão de até R$ 1,5 bilhão para P&D. As equipes continuam trabalhando nisso. Tanto a equipe do MDIC como a da Casa Civil”.
Ele garantiu que todos os pontos definidos no Rota 2030 tratam de forma igualitária tanto as fabricantes de veículos quanto os importadores. “Esta é uma prerrogativa inegociável durante todo o processo de negociação para termos um programa sem contestações”.
Outro tema importante que está com a Casa Civil – apesar de não fazer parte do Rota 2030 – é a devolução dos créditos tributários para as fabricantes de veículos premium. Segundo o ministro algo em torno de R$ 250 milhões: “Elas fizeram o pagamento. É dinheiro das montadoras premium instaladas no País que têm direito à devolução. Mas por causa da comercialização de veículos em anos anteriores não houve tempo para fazer a compensação desses valores. Mas haverá devolução desses recursos para as montadoras”.
Durante os discursos protocolares do evento o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, foi enfático ao justificar o aporte para a expansão e modernização do complexo industrial em São Caetano do Sul: “Definimos esse investimento na certeza de que um programa automotivo de longo prazo seria a única alternativa para o setor no Brasil”.
A GM declara investir R$ 13 bilhões de 2014 a 2020 no País.
Foto: Divulgação.
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