São Paulo – O mercado de reposição ajudará a sustentar a operação das empresas fabricantes de motores no segundo semestre do ano, afirmaram executivos de FPT, MWM e Cummins — as maiores do País — durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2018. Ou seja: o cenário até dezembro é o de buscar oportunidades com a venda de componentes.
Para Luís Pasquotto, presidente da Cummins, a reposição já veio sustentando o negócio no primeiro semestre. Esse crescimento, no entanto, não se sustentará no segundo: “O crescimento até maio aconteceu porque a base do ano passado é baixa, e não se manterá até dezembro porque o segundo semestre do ano passado foi melhor”.
Afora a dedicação à reposição, a empresa mantém a produção brasileira, que é voltada em 65% ao setor automotivo, atendendo à demanda de motores da MAN Latin America e exportando componentes para outras unidades da Cummins no mundo.
Na MWM, de acordo com o presidente José Eduardo Luzzi, as vendas para reposição têm muita responsabilidade no crescimento que a empresa registrou no primeiro trimestre: “Tivemos de nos ajustar à realidade do mercado automotivo focando nas oportunidades da reposição, pois as vendas de caminhões ainda passam por recuperação. Por outro lado vemos o segundo semestre com cautela em termos de vendas”.
No caso da FPT, fabricante de motores controlada pela CNH Industrial, a reposição é vista como fonte importante de receitas em ambiente de vendas de caminhões ainda considerada baixa, embora para o segundo semestre a empresa tenha se mostrado inclinada a intensificar as exportações:
“A produção atualmente está voltada para os mercados externos”, contou o diretor de vendas e marketing Amauri Parizoto. “Sobretudo na América Latina. Uma vez que a retomada no setor se consolide, imaginamos uma demanda maior no mercado interno, mas ainda não para o segundo semestre”.
Foto: Christian Castanho.
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