São Paulo – Desde janeiro no Brasil ocupando a vice-presidência de desenvolvimento de negócios da DAF Caminhões, o engenheiro mecânico mexicano Carlos Ayala foi nomeado o novo presidente da subsidiária brasileira, sucedendo a Michael Kuester, que retorna à Seattle, Estados Unidos, para integrar o board da Paccar, dona da DAF.
Ayala chega para dar continuidade à ainda pequena, mas crescente e sólida, operação sediada em Ponta Grossa, PR. E com uma meta bem clara, que não hesitou em repetir a jornalistas em entrevista na noite da quinta-feira, 16, em São Paulo: fechar o ano com 10% de participação nas vendas de caminhões com PBT acima de 40 toneladas.
“Atualmente nossa participação, em todo o ano, é 7,2%. Em julho superamos, pela primeira vez, os 10% de vendas no segmento, um marco importante para nós.”
No mês passado foram licenciados 275 caminhões DAF no mercado brasileiro, volume que, nas contas da empresa, lhe garantiu 10,2% de market share e a quarta colocação no segmento em que compete. As 35 concessionárias espalhadas pelo País comercializam dois modelos, que geram diferentes configurações: o CF e o XF, que respondem por 25% e 75% das vendas, respectivamente.
A proposta de Ayala é manter o ritmo de crescer devagar, mas com solidez. Ponto importante, segundo ele, é o fortalecimento do pós-venda, pois de nada adianta crescer a frota circulante sem peças de reposição. Hoje existem cerca de 3,5 mil caminhões DAF circulando pelo País e há necessidade de fortalecer a rede de manutenção especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde deverão se concentrar as próximas inaugurações de concessionárias e postos de serviço.
“Uma dado importante é que 40% dos clientes que compram novos caminhões já possuem modelos DAF na frota. Isso demonstra a capacidade e a qualidade dos nossos produtos.”
Embora pregue o crescimento sustentável, Ayala não esconde que há outras ambições para a operação brasileira. Está em discussão com a matriz um novo plano de investimentos, sobre o qual o executivo se recusou a comentar — mas ele deixou a entender que, possivelmente, envolverá novos modelos, quem sabe até de segmentos inferiores.
Ao mesmo tempo a DAF corre para nacionalizar componentes, plano acelerado pela disparada do dólar. Em média, hoje, o índice de nacionalização dos modelos está em torno de 60%, que é o mínimo exigido pelo BNDES para as linhas do Finame.
Foto: Divulgação.
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