São Paulo – Se em 2017 as exportações de veículos made in Brasil foram o grande destaque, em 2018 as fabricantes observaram cenário diametralmente oposto. Os volumes em queda acentuada desde agosto, quando escancarou-se a crise econômica na Argentina, já pintavam quadro que se confirmou em dezembro. Dados da Anfavea, divulgados na terça-feira, 8, mostraram que os embarques recuaram 17,9% na comparação com 2017. Foram exportados no acumulado do ano 629 mil 175 unidades.
Segundo Antonio Megale, presidente, a indústria busca alternativas ao mercado argentino para, assim, diminuir a dependência do mercado vizinho no setor automotivo. O discurso, antigo, talvez tenha mais chances de se mostrar real com a transformação do Rota 2030 em lei, mas no longo prazo: “A crise no México, nosso segundo parceiro na região, era mais esperada do que o que acabou acontecendo na Argentina. O setor busca novos mercados, mas é preciso intensificar os trabalhos nesse sentido”.
O maior recuo verificado no janeiro-dezembro foi o das exportações de veículos leves: foram embarcadas 595 mil 432 unidades, o que significa que o País exportou 18,3% menos automóveis e comerciais leves no ano passado em comparação com 2017. O volume de caminhões foi 12,7% menor na mesma base, chegando a 24 mil 642 unidades. No caso das exportações de chassis de ônibus, estagnação – no acumulado do ano, 9 mil 101 unidades embarcadas. Uma unidade a menos do que em 2017: 9 mil 102 unidades.
As exportações injetaram R$ 14,5 bilhões no caixa das companhias que atuam no Brasil, valor que é 8,6% menor do que o faturado em 2017.
Foto: Divulgação.
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