São Paulo – Um dos quinze fornecedores selecionados pela Toyota para a nova plataforma TNGA a Cestari começará, em julho, a produzir em Monte Alto, SP, oito componentes desenvolvidos para a nova geração do Corolla. O volante do motor, carro-chefe da empresa, será um dos produtos fornecidos – foi com ele que iniciou a diversificação de seu portfólio do setor automotivo, há trinta anos.
Sem citar valores Antonio Piazentin, seu diretor de vendas da divisão automotiva, disse que a empresa aportou recursos próprios para criação de novas linhas de produtos destinados ao contrato com a Toyota, de quem já é fornecedora há algum tempo. Isso porque a empresa passa por momento de diversificação da oferta e, com a nova plataforma Toyota, teve a oportunidade de expandir sua linha de produtos: “Estamos em fase de treinamento de operadores e de testes em linha para iniciar a produção regular em julho”.
Afora o investimento em novos produtos a empresa planeja aumentar sua capacidade produtiva, hoje um quadro formado por duzentos funcionários em jornada de três turnos produzindo 70 mil peças/ano. A empresa trabalha com a expectativa de aumentar esse volume com base nas projeções de demanda da Toyota, que deverá se tornar seu principal cliente.
O papel, hoje, é desempenhado pela General Motors, mas esse ritmo de fornecimento, segundo o Piazentin, diminuirá nos próximos dois anos porque está em curso processo de fase out — ou seja, quando um fornecedor diminui gradualmente, até zerar, a produção de um determinado componente. No caso da Toyota a demanda seguirá na direção contrária com o início das vendas dos primeiros Corolla baseados na plataforma TNGA e o lançamento de um modelo SUV, para o qual a Cestari negocia o fornecimento de dois part numbers: “As negociações estão avançadas, mas ainda estamos em tratativas com a montadora”.
A empresa, que iniciou suas operações em 1901 com a produção de ferramentas, também é fornecedora de outras montadoras aqui, como Renault e Ford, na linha leve, e outras companhias fabricantes de motores para caminhões, como MWM e Perkins — esta para exportação.
Apesar da crise que tomou conta da indústria de veículos nos últimos anos a Cestari, de acordo com Piazentin, conseguiu registrar crescimento no faturamento: “Em 2017 alta de 34% ante o faturamento de 2016. Em 2018 25% de crescimento, taxa que deverá ser repetida este ano”.
Foto: Divulgação.
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