São Paulo – O movimento de reajuste no preço do aço a partir de janeiro, anunciado pelas siderúrgicas a seus clientes – dentre eles fabricantes de veículos e autopeças – preocupa o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Segundo o executivo “não tem como evitar: o impacto no custo é direto na veia”.
O presidente evitou comentar o tamanho deste impacto: “Depende do caso, da especificação do aço, da negociação com os clientes”. Segundo o jornal Valor Econômico a CSN anunciou reajuste médio de 10%, a Usiminas de 5%, repetindo o índice aplicado no fim de outubro, e a Arcelor Mittal e a Gerdau deverão divulgar nova tabela nos próximos dias.
“É um fato que preocupa o setor, montadoras e autopeças. Cada empresa, agora, está tratando a sua dor, analisando qual remédio vai usar”.
Em novembro saíram das linhas de montagem 227,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, volume 7,1% inferior ao resultado do mesmo mês do ano passado e 22,3% abaixo de outubro. A queda, de acordo com Moraes, é justificada pela menor quantidade de dias úteis e o fato de a produção em outubro ter sido muito forte.
No acumulado do ano foram produzidos 2 milhões 774 mil veículos, crescimento de 2,7% com relação ao período de janeiro a novembro de 2018. A indústria caminha para o volume projetado pela Anfavea para 2019, 2 milhões 940 mil unidades – alta de 2,1%.
Continua em queda o nível de emprego do setor: segundo a Anfavea, novembro fechou com 126,4 mil trabalhadores com carteira assinada, 1,3 mil a menos do que em outubro. Moraes creditou a redução ao fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, SP.
Foto: Divulgação.
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