São Paulo – As vendas de máquinas agrícolas fecharam em queda de 9,6% em junho, comparado com o mesmo mês do ano passado, e estáveis com relação a maio, somando 3,9 mil unidades. Os dados foram divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 6.
O saldo acumulado do ano ainda é negativo: 1,3%, com 19,6 mil unidades comercializadas – apenas trezentas a menos do que no primeiro semestre de 2019.
“A demanda por colheitadeiras e colhedoras de cana está crescendo, o que demonstra uma antecipação de investimentos por parte dos produtores”, analisou Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da associação. “Houve queda nas vendas de tratores, muito por causa dos volumes bem positivos dos meses anteriores, então é uma redução natural de ritmo”.
Segundo o executivo o Plano Safra, divulgado no mês passado, traz perspectivas positivas para o setor, embora os valores destinados ao Moderfrota, linha que financia bens de capital, caiu de R$ 9,6 bilhões para R$ 9 bilhões. Ele destacou, porém, a redução na taxa de juros para 7,5% e 4% no caso do Pronaf.
A produção fechou junho em 3,3 mil unidades, recuo de 25% com relação a junho do ano passado e de 9% na comparação com maio. No semestre a queda chega a 22,6%, com 19,1 mil unidades produzidas. A razão da queda, segundo Miguel Neto, é o cenário internacional.
“Registramos menos exportações para países da América do Sul, sobretudo Colômbia e Peru. Fora do continente, há demanda mais baixa do Japão. Em contrapartida a safra da Argentina é positiva e o produtor de lá parece disposto a investir”.
Os embarques, em junho, somaram 614 unidades, queda de 31,6% na comparação anual e de 19% na mensal. No semestre foram exportadas 4,2 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, volume 31% inferior ao dos seis primeiros meses de 2019.
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