São Paulo – A nova geração do SUV Chevrolet Tracker pode ser o modelo que sairá das linhas de montagem da fábrica da General Motors em Santa Fé, Argentina, a partir do segundo semestre do ano que vem, em paralelo com a produção em São Caetano do Sul, SP. A possibilidade foi aventada pelo diretor de marketing de produto, Rodrigo Fioco, ao Autoblog, parceiro editorial da Agência AutoData na Argentina, na terça-feira, 14, durante o lançamento do modelo importado do Brasil.
“Sim, pode ser a nova Tracker”, respondeu o executivo ao questionamento do Autoblog. “O objetivo é seguir com o nosso polo industrial de Rosario. Não cancelamos nenhum projeto, mas a pandemia nos obrigou a reprogramar os planos. Os investimentos seguem.”
Em Santa Fé estão sendo investidos US$ 500 milhões para a produção do Projeto AVA, sigla para Alto Valor Agregado, metade pela GM e metade pelos fornecedores do complexo industrial.
Após visita à fábrica de onde sai o sedã Cruze, no ano passado, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que o novo projeto se trata de uma “caminhonete” – alguns argentinos se referem assim a utilitários esportivos.
Produzir o mesmo modelo em duas fábricas não seria fato inédito: a própria GM já produziu, no passado, Corsa e Classic nos dois países. A Renault atualmente mantém em São José dos Pinhais, PR, e Córdoba, Argentina, a produção de Sandero e Logan e a Honda, até meses atrás, produzia o HR-V no Brasil e na Argentina. A formulação do acordo comercial bilateral automotivo dos países demanda, em alguns casos, esta medida para equilibrar os valores e manter o flex que garante o intercâmbio comercial sem tarifas.
De concreto, além do investimento confirmado, estão os prazos reajustados: os trabalhos de adaptação das linhas foram suspensos por causa da pandemia e retornam no último trimestre. O início da produção em pré-série está programada para o segundo semestre de 2021 com o lançamento do modelo estimado para 2022.
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