São Bernardo do Campo, SP – A fábrica Anchieta da Volkswagen, que um dia já foi chamada de Cidade Volkswagen, é uma das pioneiras no País, juntamente com as vizinhas Mercedes-Benz e Scania – bem como o era a igualmente próxima Ford Taboão, de origem Willys, que deixou de funcionar no ano passado. Com isso carrega tanto glórias como desafios: alguns equipamentos da estamparia, uma das áreas mais difíceis e caras para se mexer, datam de 45 anos atrás.
São Bernardo do Campo, SP – A fábrica Anchieta da Volkswagen, que um dia já foi chamada de Cidade Volkswagen, é uma das pioneiras no País, juntamente com as vizinhas Mercedes-Benz e Scania – bem como o era a igualmente próxima Ford Taboão, de origem Willys, que deixou de funcionar no ano passado. Com isso carrega tanto glórias como desafios: alguns equipamentos da estamparia, uma das áreas mais difíceis e caras para se mexer, datam de 45 anos atrás.
Isso mudou na quarta-feira, 15 de julho de 2020, com a inauguração oficial de um novo equipamento denominado PXL Extra Large. O maquinário foi produzido no Brasil pela Schuler, e demandou três anos para sua instalação, período que engloba também a retirada dos equipamentos antigos.
Segundo António Pires, vice-presidente de Operações da Volkswagen do Brasil e Região América do Sul, “a PXL é quatro vezes mais produtiva do que as prensas anteriores”. Outros números deixam o avanço bastante claro: enquanto o equipamento anterior estampava de duas a três peças por minuto a máquina nova pode fazer de doze a quatorze. E o tempo necessário para troca de ferramental caiu de 45 minutos para apenas cinco.
Além disso, pelos cálculos VW, a nova prensa economizará 7 mil MWh por ano em consumo de energia elétrica, o equivalente ao consumo anual de cerca de três mil residências.
A nova prensa fez parte do ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões da Volkswagen para o período 2017-2020, mas a empresa não quis divulgar o valor aplicado especificamente no equipamento.
A nova prensa estampará as partes da carroceria dos modelos da plataforma MQB produzidos na Anchieta, ou seja, Polo, Virtus e Nivus. Segundo a VW haverá com isso redução de custos logísticos, pois antes eram produzidas em Taubaté, SP, que conta com equipamento similar. Consequentemente ainda se espera queda de 45% na emissão de CO2 na atividade, por conta da eliminação de processos de transporte das peças.
A VW ainda aproveitou a ocasião da inauguração para celebrar marco produtivo de 24 milhões de veículos fabricados no Brasil desde sua chegada ao País.