São Paulo – As importadoras de veículos associadas à Abeifa seguem em busca da redução do imposto de importação junto às autoridades do governo federal com quem mantêm contato. Segundo João Oliveira, presidente da entidade, a redução dos atuais 35% para 20%, mais do que abrir campo para desempenho comercial melhor do que o visto por ora, fortaleceria a operação das empresas.
“Todas as companhias estão agora concentradas em suas atividades mais fundamentais e na manutenção da rede de concessionários. Conseguir a redução não significa maior quantidade de vendas, mas a manutenção da operação em termos financeiros e de emprego”, disse o executivo na quinta-feira, 16, em transmissão online. “Estamos sob pressão do câmbio neste momento.”
A empresas associadas cobram sobremaneira medidas liberais em seu ramo de atividade, a importação, de uma equipe de governo que sinalizou tal agenda tão logo foram assumidas as funções em Brasília, DF, em janeiro de 2019. O real desvalorizado frente ao dólar e a Selic baixa, disse Oliveira, são medidas urgentes dada a situação de pandemia. Mas é “preciso olhar para as demandas de um setor que emprega e arrecada recursos importantes”.
Caso a redução do tributo almejada pelas empresas importadoras não se concretize, a saída, apontou o presidente da Abeifa, será a reestruturação das operações em termos de estrutura de oferta, preços e emprego: “Como associação não temos um plano B. Esta é uma situação que cada marca terá de enfrentar individualmente em busca de um novo ponto de equilíbrio”.
O executivo descartou a possibilidade de que alguma empresa tenha sinalizado para sua saída do mercado brasileiro considerando o cenário de câmbio valorizado: “Nenhuma associada sinalizou saída do mercado, todas estão concentradas em encontrar formatos de operar neste momento”.
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