São Paulo – Alguns consumidores que adquirirem um Volkswagen Nivus poderão ter que esperar até dezembro para receber seu automóvel, dependendo da região e da concessionária. A companhia promove esforços para ampliar a produção na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, mas esbarra na necessidade de replanejamento que envolve, também, a cadeia de fornecedores, segundo o vice-presidente de vendas e marketing, Gustavo Schmidt.
O bom desempenho de vendas era esperado pela Volkswagen, mas não na velocidade alcançada. Uma mudança no modelo de negócios com a rede de concessionárias ajudou a minimizar a demora na entrega antes mesmo do lançamento do SUV.
Ao contrário do que é usualmente feito, quando cada concessionária recebe uma cota de Nivus com base em seu desempenho de vendas, a Volkswagen desta vez “abriu a produção” para a rede, de acordo com Schmidt: “Montamos um sistema de pré-reservas no qual o concessionário podia fazer a encomenda do modelo desejado, que era produzido e faturado conforme a demanda. Foi positivo: nos deu a possibilidade de ter a visibilidade do que era vendido e programar melhor o mix e o volume na linha”.
Com isso a empresa pode corrigir, antecipadamente, o volume esperado para a versão Highline, que originalmente era de 65% e, com as vendas iniciadas, respondeu por 80% da demanda: “Ajustamos a produção para produzir mais Highline. O portfólio simplificado, com apenas duas versões e um opcional, colaborou para que esse novo plano desse resultado positivo”.
O novo modelo de negócio foi usado nas semanas antes e após o lançamento: segundo Schmidt agora já estão operando no modelo tradicional, com algumas revendas até com algumas unidades em estoque. O vice-presidente disse que a estratégia, aprovada pela rede, será replicada com a Amarok V6, que será apresentada no fim do mês.
A demora na entrega do Nivus depende da revenda e da região, segundo Schmidt, embora admita que a produção de outubro foi toda vendida em agosto – já foram negociadas mais de 7 mil unidades do modelo: “Estamos nos esforçando para aumentar o volume, mas temos algumas dificuldades na cadeia de fornecedores”.
A Volkswagen persegue a liderança do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves e reduz, mês a mês, a diferença para a líder General Motors. Schmidt disse que a busca pela liderança existe, mas “sem fazer loucuras. Não vamos buscar a liderança por ela em si: tem que ser de uma maneira que traga resultados positivos para a Volkswagen e a rede”.
Carro por assinatura – Nas próximas semanas a Volkswagen lançará um projeto piloto de assinatura de veículos, em parceria com o Banco VW e a rede. Schmidt não forneceu pormenores, mas adiantou que começará com poucos veículos e em uma região definida para que sirva como aprendizado para o futuro.
Correção: Ao contrário do originalmente publicado não existem gargalos na cadeia de fornecedores, mas uma necessidade de replanejamento por causa do reajuste da velocidade das linhas para o mix de versões. O texto foi corrigido.
Foto: Divulgação.