São Paulo – Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas por causa da pandemia o mercado de construção superou a projeção inicial da John Deere para 2020. Segundo Adilson Butzke, diretor de vendas da divisão de construção da empresa para a América Latina, a expectativa inicial era de um crescimento de 20%:
"Mas a demanda foi maior do que a projetada, mesmo com a crise, e vemos um mercado de 20 mil máquinas este ano, o que representa alta de 30% sobre 2019".
Ele disse que essa expansão do mercado está sendo puxada pelo agronegócio, por operações de mineração em geral e pelo aluguel de máquinas para diversos tipos de obras. Os juros mais baixos também estão ajudando a fomentar a maior demanda pelos equipamentos, segundo Butzke, que vê maior disponibilidade de crédito para impulsionar o setor de infraestrutura.
A expansão que será registrada pelo mercado este ano é considerada sólida pelo executivo, puxada por investimentos privados, sem grandes compras por parte de alguns estados, por exemplo. E o cenário anima a companhia para 2021:
"O ano que vem deverá ser ainda melhor, tendo em vista todos os projetos que já foram aprovados pelo Congresso e que visam a incentivar a infraestrutura no País. Projetos de saneamento básico também virão fortes nos próximos anos".
Para o diretor da John Deere o Brasil continuará nesse ciclo de crescimento, pelo menos, até 2022, com expectativa de investimento de R$ 250 bilhões em obras que demandarão por novas máquinas, como a construção de 18 mil quilômetros de estradas e de 3 mil quilômetros de ferrovias, dentre outras oportunidades em infraestrutura.
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