São Paulo — A curva de crescimento nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias seguiu em outubro, que registrou volume 7,2% superior ao do mesmo período de 2019, com 4,5 mil unidades comercializadas. Segundo os dados divulgados pela Anfavea, na sexta-feira, 6, houve recuo de 5% na comparação com setembro, o que segundo Alexandre Bernardes, vice-presidente da entidade, era esperado: historicamente o mês de outubro tem volumes menores, pela sazonalidade do setor.
No acumulado do ano, até outubro, a expansão também continuou, com 37,8 mil unidades vendidas, incremento de 1,6% ante igual período de 2019.
Bernardes destacou o bom momento do segmento de máquinas rodoviárias, puxado pela construção civil vive no Brasil e o aluguel de máquinas — mas não só: "O agronegócio também é muito importante e está representando de 20% a 25% do total de equipamentos rodoviários comercializados".
A produção em outubro foi de 4,9 mil máquinas, alta de 9% ante setembro, mas 5,2% menor do que no mesmo mês de 2019. No acomulado saíram das linhas de produção 38 mil unidades, retração de 18,1% com relação a janeiro a outubro de 2019. Para Bernardes, esse recuo ainda é reflexo da pandemia e dos problemas de paralisações que aconteceram no primeiro semestre:
"Também é reflexo das exportações menores. É um efeito direto: estamos exportando menos e, assim, produzindo menos. O desafio daqui até o final do ano será conseguir reduzir essa queda e apresentar números melhores até dezembro".
Em outubro o setor embarcou 901 máquinas, crescimento de 21,1% ante setembro, mas na comparação com outubro do ano passado houve queda de 20,5%. No acumulado do ano foram exportadas 7,3 mil máquinas, queda de 32,1%. Para Bernardes, os resultados ainda são muito ruins: "Essa retração reflete a situação da pandemia na região. Outro grande desafio de todo o setor será mudar esse cenário nos próximos anos".
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