São Paulo – A pandemia está atrasando o cronograma da Ford na Argentina. Mais especificamente os primeiros trabalhos na transformação da fábrica de Pacheco, nos arredores de Buenos Aires. Especialistas estadunidenses em manufatura da Ford ainda não conseguiram o visto para entrar no país e iniciar o processo de capacitação da equipe local na montagem da nova linha de produção da picape Ranger.
Até o dia 28 de fevereiro as fronteiras da Argentina estarão fechadas pela Dirección Nacional de Migraciones, órgão responsável por emitir os vistos de entrada no país vizinho. Há exceções, como visto para casos de reunificação da família, problemas de saúde e até trabalhos específicos. No entanto, a fonte da Agência AutoData na Argentina relata que por causa da pandemia há uma certa demora na aprovação dos vistos desses especialistas da Ford oriundos dos Estados Unidos.
A Ford está investindo US$ 580 milhões para transformar Pacheco na base produtiva da nova geração da Ranger na região. Esta nova Ranger, que deve ser feita na Argentina a partir de 2023, é um projeto global e também será produzida na Tailândia e na África do Sul, que recebeu US$ 1 bilhão para o novo ciclo da picape na fábrica de Silverton – o maior investimento da Ford naquele país.
O Autoblog, parceiro editorial de AutoData na Argentina, relata que a apresentação internacional da nova Ranger ocorrerá no final de 2021, início de 2022. Assim, as outras fábricas começam antes da produção em Pacheco. Mas, por enquanto, o calendário está mantido.
Em comunicado a Ford Argentina esclarece que “o investimento inclui uma importante modernização da Planta Pacheco e uma significativa localização de autopeças”, com 30% do aporte destinado à nacionalização de componentes da nova Ranger.
A montadora argentina, com 107 anos de história no país vizinho, tem 2,8 mil funcionários em Pacheco e exporta 70% da produção da Ranger na região.
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