São Paulo – Mesmo diante de todas as dificuldades de abastecimento na cadeia de autopeças e da parada na produção de algumas fábricas, por alguns dias, para colaborar nos esforços de conter a pandemia da covid-19, a produção de veículos reagiu e somou, em março, 200,3 mil unidades, de acordo com dados da Anfavea divulgados na quarta-feira, 7.
O resultado foi 1,7% superior ao volume produzido em fevereiro e 5,5% acima da produção de março do ano passado, quando a pandemia também forçou a paralisação das linhas de montagem nas últimas semanas. No trimestre foram produzidos 597,8 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, alta de 2% com relação ao período de janeiro a março do ano passado.
Para Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, o volume é considerado satisfatório diante das circunstâncias: “Março teve três dias úteis a mais do que fevereiro, mas na última semana do mês muitas fábricas pararam. De toda forma alcançamos um número interessante de produção”.
Em 31 de março, segundo levantamento da Anfavea, trinta fábricas, de 25 empresas, estavam total ou parcialmente paradas por falta de peças, por paradas voluntárias nas linhas ou atendendo a decretos de governos estaduais ou municipais para não operar. A entidade calcula que 65 mil trabalhadores tenham sido diretamente afetados por essas paralisações.
O cenário na quarta-feira, 7, é diferente: dez fábricas de cinco empresas seguem paradas, total ou parcialmente, com 5,5 mil trabalhadores afetados. Todas, porém, deverão retornar ao trabalho na semana que vem, estima a entidade.
Seguiu estável o nível de emprego no setor de fevereiro para março, com 104,7 mil trabalhadores empregados. São 2,3 mil a menos, porém, do que em março de 2020.
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