São Paulo – Desde 1º de janeiro as fabricantes de veículos instaladas no Brasil efetivaram pelo menos 3,5 mil contratações, segundo balanço divulgado pela Anfavea na manhã de sexta-feira, 7. Ao fim de abril o quadro de trabalhadores do setor automotivo somava 104,7 mil funcionários, estável com relação a março e fevereiro, o que indica que as contratações foram feitas no primeiro bimestre.
Ainda é menor do que o período pré-crise: em abril de 2020 o setor empregava 106,6 mil pessoas. Mas começa a recuperar terreno perdido no último trimestre – ao fim de dezembro chegou ao pior nível, com 101,2 mil empregados.
Nesta soma estão incluídos, também, trabalhadores da Ford de Camaçari, BA, Taubaté, SP e Troller em Horizonte, CE: as demissões decorrentes da decisão da companhia de encerrar a produção no Brasil estão sendo feitas pouco a pouco, conforme os acordos são fechados com os sindicatos. Serão cerca de 5 mil trabalhadores desligados, o que deverá derrubar um pouco a estatística nos próximos meses se as contratações não continuarem.
Esses trabalhadores produziram 190,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus em abril, volume 4,7% inferior ao de março, que teve três dias úteis a mais. Em abril de 2020 foram produzidos apenas 1,8 mil veículos devido às paradas por causa da pandemia da covid-19.
Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, foi um bom volume devido ao atual cenário da indústria. “Considerando tudo o que estamos enfrentando com relação à falta de semicondutores, dificuldades de logística e a pandemia, é um número razoável”.
No quadrimestre saíram das linhas de montagem 788,7 mil veículos, crescimento de 34,2% sobre o volume dos quatro primeiros meses do ano passado. “É um volume importante”.
As dificuldades de abastecimento de peças continuam, segundo Moraes, que prevê “fortes emoções” para a indústria até o final do ano, pelo menos.
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