São Paulo – Mesmo com as dificuldades para produzir por falta de semicondutores, pneus e outros componentes, as montadoras de caminhões instaladas no Brasil entregaram 13,6 mil unidades em outubro, volume 24,6% superior ao de igual mês do ano passado, de acordo com os dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 8.
Com relação ao mês de setembro houve leve recuo de 1,7%, explicado por um dia útil a menos em outubro. De janeiro a outubro foram produzidos 131,9 mil caminhões, crescimento de 91,2% ante 2020, sendo também o melhor resultado para o período desde 2013.
Junto com as dificuldades já conhecidas do setor um novo problema surgiu na semana passada: a greve dos caminhoneiros no porto de Santos, SP. De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, é um problema que já afetou algumas montadoras na semana passada e pode atingir todo o setor, dos fabricantes de leves aos de máquinas agrícolas e de construção. A expectativa é de que uma resolução positiva aconteça nos próximos dias.
As vendas em outubro foram de 11 mil veículos, crescimento de 39,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado e o melhor resultado para o período desde 2014. Com relação a setembro houve recuo de 5%, mais uma vez causado pela diferença de dias úteis:
"A média diária de vendas em outubro foi de 552 unidades, contra 553 em setembro, então, com o mesmo número de dias úteis o resultado de emplacamentos seria muito parecido", disse Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea.
No acumulado foram comercializados 106,3 mil caminhões, incremento de 50,4% ante o mesmo período de 2020. Os caminhões elétricos somaram 152 licenciamentos e os movidos a gás 66 emplacamentos somaram – juntos os modelos com novas tecnologias de propulsão representaram 0,2% do total vendido.
Segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, esse número ainda é baixo se comparado a outros mercados, mas comprovam o avanço do Brasil na estrada das novas tecnologias de motorização.
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