São Paulo — A expectativa de Cristina Vazquez Ruiz, coordenadora de estudos econômicos da AMDA, Associação Mexicana de Distribuidores de Automotores, é de recuperação nas vendas domésticas até o fim do ano. Ela participou do 4º Congresso Latino-Americano de Negócios, realizado pela AutoData Editora de forma online até a sexta-feira, 19.
“Esperamos um crescimento de 2% na comparação com 2021. Ou seja, uma recuperação, pois no período de janeiro a julho registramos retração de 0,2% na venda de veículos leves”.
Até julho foram comercializados 601,6 mil veículos, segundo a AMDA. No ano passado as vendas somaram 1 milhão 14 mil unidades. De acordo com a coordenadora a projeção é cautelosa por causa das dificuldades que a indústria ainda encontra para produzir e atender às demandas desde a chegada da pandemia da covid-19.
Em 2021 o mercado interno mexicano registrou alta de 6,8% sobre o ano anterior, interrompendo sequência quatro anos de queda, sendo uma forte retração de 27,9% em 2020. Mesmo com a projeção de seguir crescendo em 2022 Ruiz lembrou que o mercado ainda está distante dos volumes históricos registrados de 2016 a 2018, perto de 2 milhões de unidades, com perspectivas de retomar esse volume a médio prazo, depois de 2025.
Ela também analisou o desempenho de cada segmento, com destaque para os SUVs, que cresceram 18% até julho e possuem tendência de alta para os próximos anos. Esse avanço poderá trazer oportunidades para as montadoras instaladas no Brasil, que possuem grande portfólio de SUVs produzidos por aqui e que poderão aumentar suas exportações, pois 66% do total vendido no México é importado de outros mercados.
As dificuldades impostas pela pandemia da covid-19 para a produção de veículos seguirão em 2023, mas outros entraves também estão no radar da AMDA, caso da importação ilegal de veículos usados, que tem ocorrido no México e reflete na demanda.
Pesados — A venda de caminhões foi de 21,7 mil unidades até julho, avanço de 19,1% sobre 2021, mas também distante dos volumes históricos. Para o ano a expectativa é de crescimento em torno de 13% sobre 2021.