São Paulo – Martín Bresciani, novo presidente da Aladda, Associação Latino-americana dos Distribuidores Automotores, revelou as projeções da entidade para os automóveis e comerciais leves nos principais países da região durante o último dia do Congresso AutoData Perspectivas 2023. Para o Brasil a projeção é de crescimento, já considerando o fator eleição, porque de acordo com Bresciani, se o atual governo for mantido, o mercado automotivo seguirá avançando como está e, em caso de novo presidente, ele não acredita em decisões que possam afetar uma indústria que está crescendo.
A Argentina deverá elevar a venda de veículos em 2023, com alta de 7% projetada sobre 2022, chegando a 403 mil unidades e retomando a posição de segundo maior mercado da América do Sul: “É um crescimento expressivo, mas sobre uma base baixa. Historicamente o mercado argentino vende muito mais, nunca vimos números tão baixos como este ano”.
Para o mercado do Peru a expectativa é de pequeno crescimento, algo em torno de 1,5%. Fora da América do Sul o México aparece com potencial para aumentar em 14% o volume comercializado em 2023, chegando a 1,2 milhão de veículos.
Mas as projeções não são positivas para todos os países. No caso do Chile, que assumiu o posto de segundo maior mercado da América Sul em 2021 e 2022, a expectativa é de queda de 11% nas vendas, puxada pelo menor poder aquisitivo da população e pelos altos juros praticados para os financiamentos automotivos, que representam 60% das vendas no país. Assim, o mercado chileno voltará a ser o terceiro maior da região.
Na Colômbia a retração esperada é de 9% ante 2022, somando 250 mil automóveis e comerciais leves.