Entidade acredita que esse número será alcançado sem grandes dificuldades até o fim do ano
São Paulo – A indústria automotiva precisa vender 456 mil veículos em novembro e dezembro para atingir as projeções divulgadas pela Anfavea, de 2,14 milhões de unidades, um leve avanço de 1% sobre o resultado de 2021.
O presidente Márcio de Lima Leite argumentou que não existe otimismo exagerado na projeção: em igual período de 2020, quando a indústria foi afetada pela chegada da pandemia da covid-19, 469 mil unidades foram comercializadas no último bimestre daquele ano, volume superior ao necessário para alcançar a projeção para 2022.
Mas o executivo pontuou alguns fatores que podem prejudicar as vendas, como os feriados de novembro e a Copa do Mundo, que começa em novembro e avança para dezembro:
“Nas reuniões internas nenhuma projeção nos mostra um volume menor do que o necessário para atingir o resultado esperado em 2022. Os números apresentam vendas em torno de 480 mil a 500 mil unidades nos próximos dois meses e, por isto, não acredito que será um grande desafio atingir a projeção”.
As vendas em outubro somaram 180,9 mil unidades, crescimento de 11,4% sobre igual período de 2021, mas queda de 6,7% quando comparado com setembro. Essa retração foi causada por dois fatores: feriado de 12 de outubro e as manifestações antidemocráticas do dia 31, que derrubou os emplacamentos do último dia útil do mês — Lima Leite estima que poderia ter somado, pelo menos, mais 6 mil unidades a mais.
A média diária de veículos vendidos foi de 9 mil/dia, crescimento de 11,4% ante outubro de 2021. Os estoques do mês passado eram suficientes para abastecer o mercado durante 31 dias, patamar que deverá ser mantido no pós pandemia.
No acumulado do ano foram vendidos 1 milhão 683 mil veículos, queda de 3,2% na comparação com iguais meses do ano passado.