São Paulo – Audi, GM e Stellantis apresentaram sua visão sobre o futuro da mobilidade no Brasil e no mundo, as mudanças de motorização e quais rotas deverão seguir para atingir a neutralidade em carbono durante o segundo dia do Seminário AutoData Brasil Elétrico + ESG, na quarta-feira, 30.
A GM tem visão bem definida, que é a busca por veículos 100% elétricos para todos os segmentos e países em que opera:
“A eletrificação virá de cima para baixo, começando em veículos mais premium e avançando para os demais segmentos”, disse Paulo Leandro Santos, gerente de marketing de produto. “Nossa nova plataforma modular de modelos elétricos pode produzir desde um compacto até um comercial, com custos 40% menores na comparação com a primeira plataforma do Bolt”.
Já a Stellantis acredita que haverá mais um bom tempo de transição tecnológica e o etanol surge como uma opção de descarbonização para esse período. De acordo com João Irineu Medeiros, diretor de compliance de produto e regulamentação da Stellantis no Brasil, a meta da companhia é ser neutra em seus produtos e operações até 2038, com uma redução de 50% das emissões de CO2 em 2030 ante 2021.
No Brasil o etanol será uma rota: “O trabalho no Brasil e região passará pela evolução do etanol, melhorias nos motores de alta eficiência, híbridos com etanol, veículo elétrico a bateria e até célula de combustível a etanol. A curto prazo o híbrido a etanol é uma ótima oportunidade porque já temos infraestrutura para isso e a indústria está preparada”.
No caso da Audi, uma marca premium, o plano já está bem definido: em 2025 acontecerá o lançamento do último modelo dotado de motor a combustão interna. A partir de 2026 novos veículos Audi serão 100% elétricos e, em 2033, sairão de linha os modelos a combustão e híbridos plug-in, quando a marca se tornará 100% elétrica, segundo seu diretor de comunicação e marketing Cláudio Rawicz:
“No mercado de luxo existe uma tendência de aceleração por híbridos e elétricos na comparação com o segmento de maior volume. Em 2024, falando do mercado premium global, 52% das vendas serão de híbridos e elétricos. Em 2025 este índice já avança para 66%”.
No Brasil, que faz parte de todos os planos globais da Audi, a companhia possui todos os modelos com alguma tipo de eletrificação, a maioria ainda com tecnologia híbrida leve, MHEV, dois híbridos plug-in, o Q5 e o Q5 Sportback, e quatro elétricos: e-tron, e-tron GT, e-tron Sportback e e-tron S Sportback.