São Paulo – Em fevereiro o Hyundai HB20, que normalmente ocupa as primeiras posições de vendas do ranking brasileiro de automóveis e comerciais leves, ficou na décima-quarta posição, com 3 mil unidades licenciadas. Não foi falta de componente ou parada de fábrica por causa da crise dos semicondutores: segundo o presidente e CEO para as Américas Central e do Sul, Airton Cousseau, o foco neste início de ano foi ampliar as exportações do hatch para Colômbia, Paraguai e Uruguai.
Ampliar os embarques a partir de Piracicaba, SP, é um ponto central no planejamento da Hyundai para 2023, tanto para países para o qual já exporta como em novos mercados: “Precisamos desenvolver mais a nossa cadeia de fornecimento local. Exportando mais conseguiremos avançar nesse ponto”.
O volume alcançado no mercado brasileiro já é motivo de comemoração na Hyundai. Segundo Cousseau 4% do total de vendas da marca no ano passado foram realizadas no País. Na América Latina toda chegou a 16%. Ele lembrou que a meta inicial da Hyundai no Brasil, em 2012, era atingir 5% de participação de mercado. Atualmente a sua fatia é de 8%.
Para 2023 a projeção da empresa é de um mercado em torno de 2 milhões de automóveis e comerciais leves emplacados, alinhada com a expectativa divulgada pela Anfavea em janeiro, que projeta crescimento de 4,1% sobre 2022.
Sobre a falta de semicondutores Cousseau disse que o problema ainda existe na indústria mas que a Hyundai está conseguindo contornar as dificuldades e não tem sofrido para produzir. A logística global também segue como um ponto de monitoramento, longe de operar em sua normalidade e com preços bem acima dos praticados pré-pandemia da covid-19, observou.