Brasília – O Mover, Mobilidade Verde e Inovação, a segunda fase do Rota 2030, e a nova política industrial, anunciada esta semana pelo governo federal, garantem ao setor a previsibilidade jurídica que, aliada à política fiscal que o governo se compromete a cumprir, ajudam a atrair novos investimentos para o mercado brasileiro. Todos os assuntos foram pauta da reunião de Shilpan Amin, presidente da GM Internacional, Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, e Fábio Rua, vice-presidente de relações governamentais, comunicação e ESG da GM, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e com alguns ministros.
Segundo Rua o papo pode ser resumido em três palavras: “Diálogo, segurança jurídica e confiança. Com o Mover e a política industrial temos previsibilidade, um Norte que pretendemos seguir”.
Ele destacou alguns pontos do Mover, como o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento e a criação do IPI verde, que estimula a descarbonização, “mas ainda estamos buscando entender todos os capítulos do programa. A partir daí poderemos tomar novas decisões”.
Ele evitou criticar o retorno do imposto de importação para eletrificados, em vigor desde o início do ano, embora tenha se posicionado contrário pelo fato de haver ainda pouca participação das vendas destes modelos no mercado total: “Precisamos entender até que ponto o consumidor adotará estas tecnologias, se precisamos de um passo de transição mais espaçado. Mas é um ponto que será continuamente conversado com o governo”.
Já está decidido, entretanto, que a GM seguirá investindo em seu centro de engenharia brasileira: segundo Chamorro parte do investimento de R$ 7 bilhões será aplicado para reforçar a área, que hoje conta com 1,5 mil engenheiros.
Primeiros 99 anos
Na sexta-feira, 26, a GM completa 99 anos de Brasil. O anúncio do investimento, segundo o Chamorro, abre o ano de comemoração do primeiro centenário: “O futuro da GM, que emprega 13,4 mil pessoas, além dos mais de 26 mil funcionários dos nossos mais de seiscentos pontos de venda, começa hoje. Compramos, anualmente, mais de R$ 19 bilhões de nossos fornecedores. A GM completa 99 anos de história e presenteia o Brasil com mais desenvolvimento econômico e social”.
Um dos desafios é reduzir a ociosidade das fábricas brasileiras. Para isto, segundo Chamorro, é preciso ampliar as exportações: “Hoje 80% dos nossos veículos vendidos na região são produzidos no Brasil. Queremos crescer este volume para elevar a utilização de nossas linhas de produção”.