São Paulo – A General Motors comunicou, por telegrama, a demissão de cinquenta funcionários de sua fábrica de São José dos Campos, SP, que estavam em licença remunerada desde o fim do ano passado. É parte de um grupo de 140 trabalhadores que estavam afastados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, e que, por acordo acertado em outubro com a companhia, tinham estabilidade até a sexta-feira, 3 de maio.
Este acordo da GM com o sindicato foi negociado após a demissão de 1 mil 244 trabalhadores de suas três fábricas paulistas, que resultou em uma greve. Após as negociações a montadora abriu um PDV, programa de demissão voluntária, que contou com 696 adesões na unidade do Vale do Paraíba, e colocou em licença remunerada mais 140 pessoas.
Em nota enviada à Agência AutoData a GM informou que “os desligamentos fazem parte do processo de adequação do quadro de empregados anunciado em outubro de 2023, e firmado em acordo coletivo. O tema foi amplamente discutido, inclusive com a oferta de um plano de demissão voluntária. A medida foi necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”.
Weller Gonçalves, presidente do sindicato de São José dos Campos, disse que a reestruturação planejada pela GM já foi feita no ano passado, com o PDV: “O sindicato é contra qualquer demissão. Como a maioria aderiu ao PDV aberto em dezembro a GM já aplicou a reestruturação pretendida. Esses postos de trabalho que ela está fechando agora poderiam, sim, ser mantidos. As demissões vão na contramão do anúncio de investimentos feito recentemente pela montadora”.
Atualmente a GM emprega 3,2 mil pessoas na unidade de São José dos Campos, onde produz a S10 e o Trailblazer.