São Paulo – As fabricantes de motores independentes apostam em um segundo semestre melhor do que o primeiro. O tema foi debatido durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas por Carlos Tavares, presidente da FPT, Cristian Malevic, diretor da unidade de negócios energia e descarbonização da MWM, e Adriano Rishi, presidente da Cummins.
Tavares disse que até maio a produção do mercado foi 7% superior na comparação com iguais meses de 2023 e a expectativa para o segundo semestre é de um crescimento em torno de 15%: “O fornecimento para Iveco e CNH, que são nossas empresas-primas, estão nos ajudando a expandir os negócios. Também vemos boas oportunidades no segmento de geradores de energia”.
Malevic disse que o mercado no segundo semestre terá crescimento de 10% a 15% na comparação com os volumes comercializados de janeiro a junho, mas depende de alguns fatores: “A expansão ajudará a recuperar parte da queda de 2023, mas dependemos de algumas questões como o programa Caminho da Escola e o anúncio do novo Plano Safra. Mesmo com crescimento não será possível recuperar toda a retração de 2023, que deverá ficar para 2025”.
Rishi não divulgou o porcentual de crescimento que a empresa espera para o segundo semestre, mas disse que as perspectivas são otimistas: “Temos boas projeções nos segmentos em que atuamos, com exceção do agrícola que está em baixa”.
MWM e FPT também citaram o agronegócio como um segmento que está em baixa e ainda não demonstrou sinais de recuperação. O anúncio do novo Plano Safra 2024/2025 poderá trazer o fôlego adicional que esse segmento precisa para elevar a demanda.