São Paulo – As fabricantes de carrocerias de ônibus Caio e Marcopolo apostam em um futuro promissor para a indústria no Brasil, tanto para o mercado doméstico como para exportações. Executivos das duas empresas participaram do Fórum AutoData Perspectivas Ônibus 2024, na segunda-feira, 23.
Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais da Marcopolo, disse que a projeção para o mercado brasileiro nos próximos anos é bastante positiva, usando como base o atual volume do mercado, que deverá fechar 2024 próximo das 22 mil unidades, mas ainda longe dos números registrados na década passada, quando passou das 30 mil unidades vendidas:
“Temos a expectativa de um maior volume no mercado interno para os próximos anos, ainda mais depois dos últimos anos abaixo do esperado. Novas tecnologias que visam a descarbonização, como ônibus elétricos e híbridos, também deverão puxar o aumento da demanda”.
O diretor de controladoria da Caio, Luciano José Calonego, acredita os ônibus serão os grandes protagonistas da mobilidade e da descarbonização nesta década. O executivo ainda ressaltou fatores que deverão ajudar no crescimento do mercado brasileiro:
“Temos uma demanda reprimida no País por causa dos baixos volumes vendidos nos últimos anos. Também tem a questão do ônibus elétrico na cidade de São Paulo, que não está permitindo a homologação de novos veículos movidos a diesel para renovação da frota, o que cria uma lacuna de mercado que precisará ser preenchida no futuro”.