Projeção é que 70% das vendas da picape, que chega em versão única por R$ 379,8 mil, seja direcionada ao agro
Goiânia, GO – Desenvolvida para a América Latina, embora ainda importada da China, a picape BYD Shark chega ao mercado brasileiro cinco meses após seu lançamento global, na Cidade do México, em versão única por R$ 379,8 mil. O preço ficou acima das expectativas dos concessionários, justificado por uma especificidade: as picapes estão fora do programa de cotas e de redução de imposto de importação.
“Desde já a ela incide os 35% de imposto [de importação], as picapes não têm cotas”, lembrou Henrique Antunes, diretor de vendas da BYD. “De toda forma chegamos a um preço competitivo para uma picape média, híbrida plug-in, que tem atributos de picape grande.”
A Shark tem 5m457 de comprimento, 1m917 de largura, 1m925 de altura e 3m260 de entreeixos, 1,2 mil litros de caçamba e capacidade de transportar 790 quilos. Os dois motores elétricos, um dianteiro e um traseiro, alcançam 437 cv combinados com o 1.5 litro turbo a gasolina. A picape alcança de 0 a 100km/h em 5,7 segundos.
Seu foco é o agronegócio, de acordo com Antunes, o que explica o evento de lançamento em Goiânia, Capital de Goiás e um dos pólos do agro brasileiro, com a presença de diversos convidados relacionados ao setor: “Nosso sentimento é que em torno de 70% das vendas será direcionada ao agro. Estamos calculando um volume total de 10 mil a 15 mil unidades por ano”.
Para convencer o produtor rural Antunes acredita na força da marca, que tem atraído consumidores de outros segmentos:
“O consumidor que comprou o Song Plus, lá atrás, acreditou no produto, que hoje já é consolidado. Nós faremos este mesmo trabalho com a Shark: mostraremos seus atributos, atrairemos novos clientes. Na pré-reserva, mesmo sem o cliente saber o preço, negociamos 1 mil unidades”.
Todo o volume será adicional ao negociado pela BYD no Brasil, onde, de janeiro a setembro, superou as 50 mil unidades comercializadas. Antunes, que no início do ano projetou vendas de 120 mil veículos, reduziu recentemente para 100 mil e segue acreditando que chegará próximo ao volume:
“O último trimestre é mais acelerado. Estamos já na casa das 60 mil vendidas e creio que chegaremos bem perto das 100 mil até dezembro. Nosso planejamento foi feito com base neste volume: antecipamos a importação de unidades, formamos o estoque e temos carros a pronta entrega”, completou, revelando que a matriz direcionou R$ 10 bilhões para a antecipação deste estoque para não pegar o aumento da alíquota do imposto de importação, em julho. “É uma prova de que a BYD acredita no mercado brasileiro, que já é o segundo maior dela no mundo, só atrás da China”.