São Paulo – A Continental, que em breve passará a se chamar Aumovio, criou uma nova divisão para desenvolver e fornecer semicondutores automotivos, a princípio para atender sua própria demanda. Com cada vez maior aplicação de soluções eletrônicas nos automóveis os semicondutores tornaram-se itens essenciais para montadoras e fornecedores.
A estimativa da Continental é que o setor automotivo movimente até 110 bilhões de euros em semicondutores por ano, globalmente, até 2032. Batizada como AESS, Advanced Electronics & Semiconductor Solutions, a nova divisão terá parceria da GlobalFoundries, uma das líderes globais na produção de semicondutores essenciais.
O projeto prevê que a AESS desenvolva os semicondutores e a GF fique responsável pela produção, dedicada à Aumovio.
Após a pandemia a falta de chips disponíveis para a indústria provocou diversas paralisações em fábricas, atrasos em projetos e escassez de automóveis em diferentes mercados globais. Apesar de aparentemente equalizada a demanda segue cada vez maior, e, para se proteger, a Continental decidiu produzir seus próprios chips.
“A Continental está comprometida com o crescimento sustentável e o setor automotivo do grupo está no caminho certo”, disse disse Philipp von Hirschheydt, membro do Conselho Executivo da Continental e CEO da futura Aumovio. “Para garantir o sucesso futuro, decidimos desenvolver semicondutores internamente. A criação dessa organização de semicondutores sem fabricação própria fortalecerá a posição da Continental não apenas pela redução dos riscos geopolíticos mas, também, pela maneira de se tornar mais autossuficiente neste campo”.