Gastón Diaz Perez, presidente da Robert Bosch América Latina, é o entrevistado
Desde o início deste ano a Robert Bosch América Latina tem um novo presidente: é o argentino Gastón Diaz Perez, de 45 anos. Ele sucedeu a Besaliel Botelho, executivo que ficou os últimos dez, de seus 36 anos de Bosch, neste cargo e que, agora, passou a membro do Conselho Consultivo regional da empresa.
Os dois têm algo em comum além do cargo: ambos são latino–americanos e fizeram carreira dentro da própria Bosch, com passagens por outras unidades da empresa na Europa, como na matriz alemã. Em sua primeira entrevista para um órgão de imprensa especializado no setor automotivo como novo presidente, Perez abordou diversos temas como carreira, eletrificação, mercado, semicondutores e muito mais.
Confira a seguir os principais trechos da conversa.
O senhor pode nos contar um pouco da sua história?
Eu sou argentino, nasci em Buenos Aires, me formei em administração de empresas e em contabilidade. Comecei na Bosch Argentina em 2000, em um programa de jovens profissionais. Estou na empresa, portanto, há 21 anos. A maior parte de minha carreira foi no Brasil, mas tenho passagens, claro, além da Argentina, por Espanha e Alemanha. Por aqui trabalhei em Curitiba e em Campinas, como CFO. Voltei depois para a Argentina como responsável pelos negócios no Cone Sul e retornei novamente ao Brasil como vice-presidente.
É uma carreira forte dentro da empresa, situação muito parecida com a de seu antecessor, Besaliel Botelho. A maior diferença é que ele é engenheiro e o senhor é administrador. Isso fará com que seu estilo na liderança seja diferente?
Creio que não, pois chega um momento em que as competências que se desenvolve ao longo da carreira são as mesmas, deixa-se de ser um especialista. É preciso alcançar uma visão mais ampla, comercial, financeira, de integração, do negócio, da administração… então entendo que dará no mesmo.
É uma tradição da Bosch alçar à presidência executivos que fazem praticamente a carreira inteira na empresa? Qual a sua visão sobre esta política?
Realmente é comum na Bosch as pessoas fazerem uma carreira longa. Até algum tempo atrás a diretoria era, em sua maioria, formada por profissionais desse perfil, mas de alguns anos para cá aconteceu uma mistura com pessoas do mercado. Acho o panorama atual muito positivo, pois mistura-se o melhor das duas coisas. Há pessoas com uma altíssima identificação com a empresa e há aquelas com uma visão de fora, o que também é necessário para não limitar as possibilidades.
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