Este texto faz parte do especial Órfãos da Ford, publicado na edição 388 da revista AutoData.
Para Cláudio Batista, o Claudião, presidente do Sindmetau, Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, o fechamento da fábrica de motores e de transmissões da Ford na cidade reflete a falta de política industrial do País. Ele classifica como arbitrária e unilateral a decisão da empresa, que encerrou sua história de quase 50 anos em Taubaté, SP, apenas três anos depois da conclusão de investimento milionário.
Em 2018, após fechar acordo de estabilidade com o Sindmetau, a Ford nacionalizou seu motor Dragon 1.5 de três cilindros e mais um modelo de transmissão, que passaram a ser produzidos em Taubaté com alto grau de produtividade por meio de processos automatizados da indústria 4.0. As linhas de produção foram robotizadas.
“A saída da Ford provocou dano social para as famílias dos cerca de oitocentos trabalhadores diretos, e consequentemente para a economia da cidade. Esses profissionais injetavam R$ 93,7 milhões por ano na economia local, considerando salários, PLR e abonos, de acordo com os cálculos do Dieese.”
O processo de demissões incluiu programa de qualificação com o objetivo de reinserir os desempregados no mercado de trabalho, mas a ausência de investimentos no setor industrial tornou inviável a criação de oportunidades de emprego.
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