São Paulo – Muito se ouve dizer sobre volume de emissões do poço à roda, a metodologia que deverá ser adotada na Fase 2 do Rota 2030, que deve ser anunciada em algum momento de 2023. Pensando nisso a AEA, Associação Brasileira da Engenharia Automotiva, publicou em seu site a Cartilha do Poço à Roda Veículos Leves, que busca mostrar um passo a passo de como calcular as emissões de CO2 com base em dados públicos para que a sociedade compreenda e faça seus cálculos deste impacto ambiental.
São usados dados públicos: no caso dos automóveis as medições do PBEV, Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro – para o cálculo do etanol no flex a AEA fez um estudo com o EPE para calcular as métricas. Toda a metodologia está disponível na cartilha, que pode ser acessada ao clicar aqui.
“Foram dois anos de trabalho para que chegássemos a esta cartilha”, disse a diretora de emissões de veículos leves da AEA, Raquel Mizoe. Segundo ela os cálculos levam em consideração o quadro da matriz energética brasileira, formada por 80% de geração por meios renováveis como hidroelétricas, de biomassa, eólica e solar, enquanto o resto do mundo desfruta apenas de 27% desta geração.
Everton Lopes, diretor de tendências tecnológicas da AEA, ressaltou que o Brasil deve buscar a neutralidade de CO2: “Neutralidade não é emissão zero: é conseguir compensar o CO2 emitido. Hoje o País gera em torno de 2 bilhões de toneladas de CO2 e absorve cerca de 600 milhões de toneladas. Há uma busca de 72%, portanto, para a neutralidade”.