O protesto feito por caminhoneiros de todos o País contra a alta do preço do óleo diesel, iniciado na segunda-feira, 21, afetou a produção de fabricantes de veículos. Na terça-feira, 22, unidades enfrentaram problemas no abastecimento de peças, o que fez com que algumas paralisassem a produção e que outras calculassem quanto tempo ainda resta de produção com o que possuem em estoque.
A reportagem de AutoData apurou que a fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, SP, parou as linhas no segundo turno da terça-feira. A fábrica da Ford instalada na mesma região, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, tem peças disponíveis apenas para manter as linhas funcionando até a quarta-feira, 23. A empresa confirmou por meio comunicado que a produção das fábricas de Camaçari, BA, e Taubaté, SP, também sofreram impactos, sem especificar quais.
A fábrica da General Motors mantida em São Caetano do Sul, SP, passou o dia com as linhas paralisadas em função da interrupção do abastecimento de componentes. A empresa também disse que há problemas com a distribuição de veículos às concessionárias.
Em Curitiba, PR, o sindicato dos metalúrgicos local informou que a fábrica de caminhões da Volvo também teve o segundo turno interrompido por causa da falta de peças e que as horas extras programadas para o dia foram canceladas. Na fábrica da Renault, na vizinha São José dos Pinhais, as linhas seguiram em produção na terça-feira, mas há riscos caso os protestos continuem, de acordo com o sindicato.
A FCA, também por meio de comunicado, informou que a produção da unidade instalada em Betim, MG, já “sente os primeiros reflexos no fluxo logísitico”.
O protesto dos caminhoneiros chegou a afetar o fluxo nas estradas de 21 estados. A categoria quer a redução do preço do óleo diesel, que tem aumentado nas refinarias. A Petrobras já anunciou que a partir da quarta-feira, 23, o valor cairá 1,54% e o governo anunciou que vai zerar a Cide que incide sobre o diesel, o que deverá ajudar a reduzir os preços nas bombas. A escalada dos preços aconteceu em meio à disparada dos preços internacionais do petróleo.
Foto: Fotos Públicas.
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