AutoData - Contratos de exportação se mantiveram, mesmo com greve
Balanço da Anfavea
06/06/2018

Contratos de exportação se mantiveram, mesmo com greve

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – Os contratos de exportações permaneceram inalterados mesmo com a greve dos caminhoneiros de maio, apesar de a manifestação afetar o volume de embarques. Segundo o presidente da Anfavea, Antônio Megale, a situação voltará ao normal em breve.

 

“Não tivemos nenhum contrato cancelado, e isso é muito bom. Perdemos alguns dias de embarques que serão retomados nos próximos dias”.

 

Durante entrevista coletiva realizada na quarta-feira, 6, para divulgar os números atualizados da indústria, o presidente disse que durante a greve 15 mil veículos deixaram de ser embarcados, pois não tinham como chegar até os portos: “Esses veículos ficaram parados nas fábricas, pois não era possível transportá-los até os navios”.

 

Apesar da paralisação dos caminhoneiros Megale acredita que a indústria atingirá um novo recorde de vendas para outros países este ano, mantendo a projeção de exportar 800 mil unidades.

 

Em maio foram exportados 60 mil 749 veículos contra 73 mil 152 unidades no mês anterior, retração de 17% — reflexo da greve dos caminhoneiros. Na comparação com o mesmo mês do ano passado a queda foi de 17,3% e, no acumulado do ano, a indústria registrou alta de 1,6%, 314 mil 96 veículos exportados.

 

O principal parceiro comercial de veículos do Brasil continua sendo a Argentina, para onde foram, de janeiro a maio, 76% do total dos embarques. Megale disse, porém, que a situação da Argentina preocupa nos próximos meses: “A volatividade do câmbio e os juros mais altos podem frear o crescimento do mercado argentino e, com isso, poderá afetar nossas exportações nos próximos meses. Estamos com o sinal de alerta ligado”.

 

O México, segundo principal parceiro, respondeu por 7% das vendas totais, mas o volume caiu e isso também preocupa: “A queda nos embarques foi de 46%. Foram 21 mil unidades vendidas para o México, contra 39 mil no mesmo período do ano passado. O mercado mexicano está em queda e, diante dessa situação, temos que ficar atentos com a queda”.

 

Foto: Divulgação.