AutoData - Indústria de máquinas mantém aposta em alta superior a dois dígitos
Seminário AutoData
25/06/2019

Indústria de máquinas mantém aposta em alta superior a dois dígitos

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – O setor de máquinas agrícolas, rodoviárias e construção mantém sua aposta de crescimento para o ano, apesar das incertezas políticas e econômicas. Alfredo Jobke, diretor de marketing da AGCO para América do Sul e Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE na América Latina, participaram de um dos painéis do Seminário AutoData Revisão Das Perspectivas 2019, realizado no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo.

 

Para o diretor da AGCO, a projeção do crescimento para o segmento de máquinas agrícolas segue a mesma do ano passado: “Projetamos uma expansão acima de 10%, depois de registrarmos bom volume de vendas no primeiro semestre, mas que poderia ser maior se os recursos do Plano Safra não tivessem acabado”.

 

Já o presidente da Volvo CE acredita em um crescimento de dois dígitos para o segmento de máquinas de construção, mantendo as expectativas divulgadas por outros executivos no ano passado: “Acredito que o mercado consumirá em torno de 16 mil máquinas no ano, talvez um pouco mais. Caso isso aconteça o crescimento poderá ser de até 18%, mas o mínimo esperado para o ano é de 12%”.

 

Para atingir essa alta, o executivo espera um maior consumo de alguns setores como agricultura, construção, locação e governo. Daniel ressaltou que a indústria precisa das definições das reformas anunciadas pelo governo para que retome um crescimento maior e sustentável: “Para os próximos anos esperamos que as reformas sejam aprovadas para que os investimentos externos voltem para o Brasil e, com isso, teremos uma expansão maior e linear”.

 

O setor de máquinas agrícolas, que sofre menos com o momento instável da economia brasileira, está atento às normas do novo Plano Safra que serão publicadas até o final deste mês: “As regras do Plano Safra são as questões mais importantes para nós, esperamos que elas ofereçam boas condições para que os agricultores possam financiar suas máquinas. Caso isso não aconteça, poderemos ter uma alta menor do que esperamos”.

 

Foto: Christian Castanho.