Curitiba, PR – Embora ainda tema a possibilidade de bolha no mercado brasileiro de caminhões o presidente da CNH Industrial para a América Latina, Vilmar Fistarol, demonstra confiança na recuperação das vendas do setor, que sofreu nos últimos anos com a crise econômica. Ele nota, porém, uma redução no ritmo do crescimento – o que é natural, pois a base comparativa também está subindo mês a mês.
Segundo ele a grande questão da indústria, agora, é voltar a ganhar dinheiro: “Temos excesso de capacidade, bem superior à demanda atual. O resultado é que todo mundo está perdendo dinheiro às vésperas da necessidade de grandes investimentos em tecnologia, pois teremos novas regulações de emissões”.
Prevista para entrar em vigor a partir de 2022 a fase 8 do Proconve, Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, exigirá investimentos, em muitos casos bilionários, para motores mais eficientes. Será um desafio para a indústria brasileira, que há anos opera no vermelho, embora os volumes estejam em recuperação.
O presidente da CNH Industrial disse também que a recuperação do setor está muito concentrada no segmento extrapesado, puxado pelo agronegócio: “É um indício de que não há linearidade no crescimento do PIB. Os segmentos leves e médios, que dependem mais da indústria, não acompanham a pujança das linhas pesadas, puxadas pelo agronegócio. Há também movimento de reconstrução de frota por operadores privados”.
Fistarol evitou dar projeções para 2020: “Ainda está muito longe. Há muita coisa, ainda, a ser definida”.
Durante o CNH Innovation Day, realizado na fábrica do grupo em Curitiba, PR, o executivo falou sobre as outras unidades de negócio da empresa – máquinas agrícolas e rodoviárias. Para ambas projetou crescimento este ano, mas ainda em ritmo inferior ao desejado pela indústria.
Foto: Brunno Covello/Divulgação.
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