São Paulo – A indústria brasileira de máquinas e equipamentos projeta a continuidade do crescimento do setor em 2020, após fechar o acumulado até outubro com alta de 1,2% sobre o mesmo período de 2018 e receita de R$ 61,4 bilhões. Maria Cristina Zanella, gerente do departamento de competitividade, economia e estatística da Abimaq, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, disse à Agência AutoData na segunda-feira, 9, que são três os cenários desenhados para o ano que vem.
“Um é mais otimista, com a receita do setor crescendo até 5%. No segundo, menos otimista, acreditamos em expansão em torno de 3,2%”.
O mais pessimista dos cenários seria um empate na comparação com 2019 mas, na sua opinião, isto não está no radar da associação: “O Brasil mostra sinais de que continuará crescendo em 2020”.
João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq, lembrou que com a taxa Selic baixa, a inflação dentro da meta projetada e uma agenda de reformas a ser cumprida, os indícios para o ano que vem são positivos: “Acreditamos que as reformas serão aprovadas, permitindo ao País alcançar níveis maiores de competitividade e produtividade. Caso tudo isso se torne realidade o cenário ficará muito mais favorável para o crescimento”.
Independente de quanto crescerá o setor em 2020 uma coisa é certa: o mercado interno será o responsável por puxar a expansão, com o maior investimento em infraestrutura. Zanella espera mais investimentos do setor privado, com o governo também investindo em infraestrutura, como já foi sinalizado em algumas conversas:
“Esse aporte do governo deverá chegar ao mercado mais para o fim de 2020, enquanto o setor privado fará investimentos maiores desde o começo. Em conversas com líderes do governo foi possível perceber que a intenção deles é investir em áreas nas quais os valores do setor privado não chegam”.
Com relação as exportações, que representaram cerca de 40% do total de máquinas produzidas no País, Zanella não espera grandes demandas dos principais parceiros comerciais. A expectativa é a de que a receita gerada pelas vendas externas fique no mesmo patamar de 2019, que registrou recuo de 6,3% até outubro.
Foto: Divulgação.
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