São Paulo – Se em março o volume de vendas de caminhões mostrou retração, indicando que a indústria sentiu os reflexos da pandemia de coronavírus sobre o desempenho comercial, em abril e maio as feridas deverão ser ainda mais profundas nas planilhas das concessionários, segundo projeções da consultoria Carcon Automotive.
De acordo com o consultor automotivo Ronaldo Lima a queda nas vendas não foi maior já em março porque repercutiram os negócios realizados em janeiro e fevereiro – há um período de 45 dias do fechamento do negócio ao emplacamento. Somente nos próximos meses, portanto, serão observados resultados de um período de lojas vazias:
“Nossa projeção para o ano é a de que deixem de ser vendidos cerca de 10 mil caminhões, justamente os veículos que deixarão de ser emplacados em abril e maio, quando a pandemia deverá impor rigor à economia, com aumento de casos e do isolamento social”.
Mas a queda poderia ser maior, ele disse, não fossem as demandas dos serviços essenciais que seguem em execução, argumento semelhante ao adotado pela Anfavea durante a apresentação dos resultados da indústria em março: “O mercado experimentará retomada no segundo semestre, e muito disso se dará em função dos negócios fechados em áreas que seguiram operando apesar da pandemia, como agronegócio, higiene e saúde e alimentícia”.
As projeções da Anfavea para a venda de caminhões em 2020 apontavam para cerca de 100 mil unidades emplacadas. No ano passado foram pouco mais de 90 mil unidades.
Foto: Divulgação.
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