São Paulo – A Renault interrompeu os embarques do modelo elétrico Zoe ao Brasil em função da pandemia de coronavírus e anunciou a revisão do seu cronograma comercial para o ano. Estava projetada para o segundo semestre a chegada nas concessionárias unidades do primeiro lote da nova versão, já lançada na Europa, o que deverá, agora, ocorrer em momento posterior.
A empresa confirmou à Agência AutoData que o próximo lote já será composto por unidades da nova geração, uma vez que a produção do modelo que era vendido no Brasil, fabricado em Flins, França, foi encerrada. Algumas concessionárias da rede Renault ouvidas pela reportagem informaram que o estoque da útima remessa foi esvaziado e que clientes estava entrando em lista de espera pelas unidades novas a partir de agosto.
O Zoe foi lançado comercialmente na última edição do Salão Internacional do Automóvel, em 2018, em apenas duas concessionárias, uma em São Paulo e outra em Curitiba, PR. No entanto a empresa, naquele momento, já importava o veículo para aplicações-piloto em alguns parceiros no País, como a Usina Binacional de Itaipu.
Algumas unidades, inclusive, chegaram a ser utilizadas em serviço de veículos compartilhados que a Renault mantém para seus funcionários em São José dos Pinhais, PR. Após o lançamento no salão a empresa vinha realizando embarques da França de volumes ajustados à demanda.
De acordo com Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil, foram vendidas em 2019 mais de cem unidades do veículo elétrico, e a frota circulante superava as trezentas unidades desde o lançamento, há dois anos.
O New Zoe tem um novo conjunto elétrico na comparação com a versão que foi vendida no Brasil. Novas baterias aumentaram a autonomia em 20%, chegando a 390 quilômetros. O motor elétrico está mais potente: o Zoe vendido na Europa tem duas configurações, uma com 110 cv e outra com 136 cv. Ambas são mais potentes do que a versão anterior, de 88 cv.
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