São Paulo – Se a pandemia transformou o mercado criando um novo, como deduz estudo da KPMG, é preciso que as empresas do setor automotivo se transformem também. Esta é a visão da Schaeffler, segundo Claudio Castro, seu diretor executivo de pesquisa e desenvolvimento, quando o assunto é adaptação às demandas de um setor considerado dinâmico.
Na terça-feira, 30, durante o Seminário AutoData Megatendências do Setor Automotivo – a Revisão das Perspectivas 2020, o executivo usou a história da própria empresa para ilustrar a tese de que companhias precisam evoluir para ainda seguirem ativas no longo prazo: "Se a própria Schaeffler tivesse focado apenas nos rolamentos, como no início, ela estaria fadada ao fracasso. Por isso que é importante sempre se atualizar".
A empresa hoje se considera uma fabricante de peças mecânicas de precisão, algo muito distante daquele perfil produtor de autopeças, mas igualmente distante daquilo que almeja para si nos próximos anos. Tanto que baseia seu planejamento em quatro pilares: novas tendências de mobilidades, complexidade veicular, transição e conceitos.
"As demandas foram evoluindo e hoje chegamos a este ponto, no qual a empresa fornece sistemas. Mas isso deverá mudar com novos veículos e formas de propulsão. Se olharmos bem os veículos atuais têm um rendimento muito baixo quando se conclui que é preciso mais do que uma tonelada de material para transportar de 80 a 200 quilos. Como será isso daqui pra frente?"
O questionamento parece colocar em xeque o uso do carro, mas Claudio Castro apontou para outra direção: "Não é que o carro perderá espaço. Será mais eficiente e dividirá o protagonismo com outras plataformas. É neste futuro que a Schaeffler quer estar presente".
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