São Paulo – O setor de embalagens de papel está com demanda aquecida no começo de 2021 e a Mazurky, uma das competidoras, já registrou alta de 27% na produção em janeiro sobre o mesmo mês de 2020. O diretor Eduardo Mazurkyewistz tem expectativas ainda mais ousadas para seu faturamento:
"O crescimento da receita ficará acima da produção devido aos reajustes nos preços dos insumos, que causam impactos diretos sobre o preço da embalagens. Acredito que nosso faturamento esse ano será 30% a 35% maior do que o de 2020".
Os segmentos que deverão impulsionar os negócios são e-commerce, alimentos, vestuário, bebidas, farmacêutico e o automotivo, que desde o fim do ano passado tem se recuperado da queda causada pela pandemia e está aumentando o número de pedidos, quase chegando ao patamar de antes da chegada da covid-19.
Mazurkyewistz disse que sua carteira de clientes é formada por empresas de diversos segmentos, o que ajuda nos negócios, porque quando um setor vai mal o outro vai bem: "Nesse ano estamos notando que todos os clientes estão aumentando seus pedidos. Vamos crescer sem expandir a carteira".
O desempenho do setor de embalagens de papel no começo do ano também anima a Mazurky, com janeiro registrando o melhor resultado para o mês desde 2005, com a expedição de 326,2 mil toneladas de caixas, acessórios e chapas de papelão, volume 4,9% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Os dados são da Empapel, Associação Brasileira de Embalagens de Papel, que projeta crescimento de 5,2% na produção do primeiro trimestre.
Com todo esse cenário positivo até agora a Mazurky abriu a contratação temporária de doze funcionários, que poderão ser efetivados após os três meses de contrato. Segundo o diretor essa é uma forma usada pela empresa, que avalia o funcionário durante a contratação temporária e, caso ele atenda às expectativas, tem o contrato renovado como fixo.
A fábrica da Mazurky, instalada em São Bernardo do Campo, SP, está operando 24 horas por dia, de segunda a segunda, no sistema de quatro biturnos, fato que nunca tinha acontecido antes, para conseguir atender à demanda. Mesmo assim o diretor alerta para um ponto de atenção que preocupa diversos setores industriais, que é a falta de matéria-prima:
"Hoje os fornecedores nacionais vendem o papel com cota para atender todo o mercado e não há previsão para melhorar. Por isso adotamos o sistema de importação de papel para garantir as entregas dos negócios fechados".
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