São Paulo — O biocombustível ganha força nas políticas públicas ligadas às matrizes energéticas no Brasil. Lançado em abril pelo Ministério de Minas e Energia, o programa Combustível do Futuro tem como pilares a aplicação do etanol e outros combustíveis alternativos em uma frota circulante que, espera-se, seja híbrida.
"O Brasil não ficará fora da eletrificação. Precisamos de uma estratégia que aproveite o potencial dos biocombustíveis no sentido de se construir uma frota no País formada por veículos equipados por vários tipos de motorização", disse Pietro Mendes, diretor do departamento de biocombustíveis do ministério, na terça-feira, 25, durante webinar realizado pela Fenasucro.
O ponto de vista é compartilhado pela Volkswagen, que enxerga, ainda, que o Brasil precisa priorizar também uma espécie de ascensão do etanol no mercado global. "O País precisa pensar grande, precisa se mostrar para o mundo como um importante desenvolvedor de biocombustível. Isso vai beneficiar as nossas exportações de veículos, sobretudo em mercados da América Latina e também na Índia", disse o presidente Pablo Di Si.
O Combustível do Futuro é um programa que pretende abordar vários eixos temáticos como o Ciclo Otto, com os motores a explosão, o Ciclo Diesel, com os motores a compressão, a captura e armazenagem de carbono na produção de biocombustíveis e de hidrogênio azul. A meta é implementar uma política integrada desse biocombustível com o diesel e a nafta verde, utilizada em alguns países na América do Sul.
Haverá integração do programa com outros já criados, como é o caos do RenovaBio, o Proconve e o Rota 2030.
“O Brasil é o quarto maior mercado de combustíveis do mundo. Entendemos que a eletrificação na mobilidade é um fato irreversível. Porém, no Brasil, temos que buscar uma eletrificação com biocombustíveis, com bioenergia”, disse Pietro Mendes.
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